MUSEU TERRAS DE BESTEIROS DEDICA EXPOSIÇÃO A PEDRO DE FIGUEIREDO

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– Grande pintor tondelense

Uma exposição com trabalhos do pintor Pedro de Figueiredo foi inaugurada esta sexta-feira (05 de maio) ao final da tarde, em Tondela.

A mostra, patente ao público no Museu Municipal Terras de Besteiros, reúne mais de duas dezenas de criações do artista nascido no concelho tondelense em 1880.

A exposição “Exemplaris – Pedro de Figueiredo” é composta por várias obras de arte que foram cedidas por familiares do pintor e instituições museológicas, como o Museu Soares dos Reis, no Porto, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, o Museu Municipal de Ovar e o Museu Santos Rocha, na Figueira da Foz.

Entre os trabalhos expostos encontram-se três autorretratos de Pedro de Figueiredo. Noutras pinturas, em destaque estão outros retratos, paisagens e motivos florais. Além de quadros, o público pode ainda ver um desenho da autoria do mestre sobre maneiras de atar um lenço.

Pedro de Figueiredo foi criador de um enorme espólio, algum ainda inédito. São dele os painéis de azulejos do átrio da Câmara Municipal de Tondela, que mostram o concelho do antigamente e as suas gentes, tradições, artes e ofícios. As laranjas de Besteiros, a louça preta de Molelos, as uvas do Dão e a capucha são alguns dos símbolos do concelho que podem ser apreciados nos azulejos, assim como as gentes da terra no seu dia-a-dia, na agricultura e pecuária. É também da autoria de Pedro de Figueiredo o desenho da estátua do monumento aos Combatentes da Grande Guerra, que se encontra no Largo Prof. Doutor Anselmo Ferraz de Carvalho.

A inauguração da mostra “Exemplaris – Pedro de Figueiredo” juntou dezenas de pessoas ao final da tarde desta sexta-feira. A exposição foi inaugurada pela presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, na presença dos restantes elementos do executivo municipal e de familiares do pintor, entre outras pessoas. A cerimónia inaugural decorreu no átrio dos Paços do Concelho.

  • “SOCIEDADE QUE NÃO RECONHECE O PASSADO É UMA
  • SOCIEDADE SEM FUTURO”

“Pedro de Figueiredo deixou-nos o seu olhar e a sua interpretação da sociedade e deixou-nos um conjunto e um legado muito importante. Entendemos que uma sociedade que não reconhece o passado é uma sociedade sem futuro”, disse Carla Antunes Borges.

“Espero que gostem da exposição. Este é um marco na preservação e dignificação do nosso património e um agradecimento que nós, Tondela, fazemos a Pedro Figueiredo”, concluiu.

A mostra pode ser visitada até ao dia 30 de Junho no Museu Terras de Besteiros.

O pintor nasceu na freguesia de Santa Maria de Tondela (vila de Tondela), em 1880, e faleceu, em 1972, no Porto. Foi artista e pedagogo nas escolas artísticas e industriais do Porto. Na cidade invicta frequentou a Escola Técnica e Industrial e aos 14 anos ingressou na Academia Portuense de Belas Artes, onde concluiu primeiramente o curso de Desenho Histórico, seguido do curso de Pintura Histórica. Como aluno laureado, estudou croquis na Academie de La Grande Chaumiére, em Paris.