ZÉ BEIRÃO – Os desafios da cidade

tempo de leitura: 4 minutos

OU VAI, OU… RACHA  !!

O que vou dizer, não é novidade para ninguém. O tempo passa, corre veloz. Ninguém o vê, mas ele marca a nossa vida. Ainda há pouco corria o ano de 1987, que marca a elevação da antiquíssima vila de Tondela à categoria de cidade. Hoje, já estamos na terceira década do século XXI. Pois é, já passaram, nada menos de 35 anos sobre essa auspiciosa data.

Tratou-se de um evento que surpreendeu os tondelenses, pois estariam longe de supor que, algum dia, a sua terra pudesse ascender a tamanha distinção.

Para tanto, valeram as propostas dos partidos políticos com assento na Assembleia da República que, naturalmente, não lhe regatearam os pressupostos que aglutinaram vontades em torno de uma realidade económica e social, que se afirmava no panorama regional e do país no seu todo.

CIDADE: GRANDE DESAFIO AOS TONDELENSES

Embora ainda bem modesta, a vila da Idade Média, por essa altura, dava sinais de que queria ir mais longe na sua condição de urbe em crescendo. Além do mais, tal distinção, funcionava como um desafio à capacidade empreendedora dos tondelenses, para um território onde as suas gentes se sentissem mais felizes, ganhando uma maior visibilidade no virar do século.

Ora, aí está. Trinta e cinco anos depois, a cidade vem crescendo, ainda mais, com os olhos postos num futuro perfeitamente ao seu alcance, em todos os domínios e isso fica a dever-se ao espírito combativo e empreendedor das gentes tondelenses e, também, a autarcas com o sentimento de que, para crescer, é necessário apostar em políticas voltadas para as pessoas, com intervenção na saúde, no ensino, no empreendedorismo, no urbanismo, na habitação e na promoção dos produtos locais, com um foco deliberado na oferta turística, estimulando o investimento que crie emprego, atraindo empresas e novas gentes.

PROBLEMAS QUE SUBSISTEM…

Investidores também apostam na zona antiga…
A iniciativa privada não fica para trás…

Neste pressuposto, é curial que olhemos, com olhos de ver, para alguns problemas que vão subsistindo, que devem ser corrigidos. Até porque, para corrigir assimetrias e alindar os espaços comunitários menos dignos, não são necessárias fortunas do erário público.

Para além do que aquilo que já se fez e o que se propõe fazer, a cidade faz sempre jus a um cada vez melhor visual, pois com isso, leva os residentes a sair de casa, a frequentar os parques de lazer, mas também a procurar os locais de comércio e de restauração, fazendo crescer os negócios e o investimento. E, assim, a cidade prospera e avança.

Nos dias de hoje, vão chegando, cada vez mais, gentes do país e do estrangeiro, na procura da paz, do trabalho, da habitação e do tal viver melhor em Tondela.

GNR, TRIBUNAL DA COMARCA

Em vez de os mostrarem, ponham-nos cá !!

Por outro lado, não é descabido pensar em resgatar a secção da GNR que já teve, nos anos 30 do século passado e que, agora, se denomina de Destacamento Territorial, em face da grandiosidade do concelho e do seu maior volume de serviço em relação aos concelhos vizinhos.

Também na Justiça, o Tribunal da Comarca deveria voltar a ter a categoria que já teve, antes da “Troika” lhe retirar competências e a diminui-lo com a nova designação de Tribunal de Instância Genérica, comparando-o a qualquer concelho com cinco ou seis mil habitantes.

NOVAS VIAS E MELHORIA DE OUTRAS

Conclusão desta rua, quando?
A Pensão Matos fica assim até cair?

Por outro lado, impõe-se que certas obras programadas, avancem de uma vez por todas, na melhoria dos acessos e do urbanismo, como são os casos das novas ruas em volta do cemitério e ligando à nova Avenidas das Comunidades e ao Estádio João Cardoso, a ligação da urbanização do Chaves, também à avenida nova, a ligação da Rua Frei Bernardo Castelo Branco, por Travessa, à Avenida Sá Carneiro, a requalificação da Rua Viscondessa de Tondela, a conclusão da Avenida Ao Tom Dela e por aí fora.

Esta rua… vai, ou racha?

E, finalmente, pensar-se no ensino superior, com promessa nunca cumprida, na medida em que era tempo de formar quadros superiores, para suprir falhas no tecido empresarial da região, que é muito forte. E não é preciso uma universidade, mas tão só, um politécnico virado para a zootecnia, a agro-pecuária, o turismo e a restauração, o ambiente e a indústria transformadora. Diz-se que, sonhar é fácil, mas se nunca ninguém sonhar, o mundo não pula e avança, no dizer do poeta…

Portanto, sonhemos, que não é pecado nenhum, com o sentimento de que esses sonhos poderão ser uma consoladora realidade, se o homem quiser…

ZÉ BEIRÃO