NINHARIAS… NINHARIAS… NINHARIAS…

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Numa cidade, seja ela qual for, mesmo que seja jovem e pequena, como Tondela, o desenvolvimento não se mede, apenas, pelas grandes obras, daquelas que enchem o olho, como soi dizer-se, mas também pelas de pequena ou de muito pequena dimensão, ou “ninharias”, se preferirem.

São, por vezes, essas ninharias, aquelas a que ninguém liga, regra geral, que podem, mais facilmente, saltar mais à vista, já que com elas topamos a cada passo, quer seja na calçada, na rua, na avenida ou mesmo em qualquer parque ou logradouro.

Ao ver, este fim-de-semana passado, dias 27, 28 e 29 de Julho, na rotunda do lago da Avenida Sá Carneiro e início da Avenida das Comunidades, mais um candeeiro derrubado pelo embate, violento, por uma viatura qualquer, vem-me à lembrança outros candeeiros que sofreram embates e que se mantêm tortos e, nalguns casos, inexistentes.

É o caso daquele que está no início da Rua Dr. Eurico José de Gouveia, no acesso ao Estádio João Cardoso, como também é o caso daquele outro que se encontra junto à entrada do portão de acesso à Garagem Santa Maria e que nunca mais foram substituídos ou reparados.

Mais recentemente, um outro candeeiro de dois braços sofreu um tombo violento, sendo arrancado, junto à entrada do Hotel e, como os outros, pode também ter que esperar que a seguradora repare estragos, ou que os sinistrados, se identificados, disponibilizem os custos.

Enquanto isso não acontecer, fica o visual dos candeeiros em falta ou estragados, parecendo que não existem responsáveis.

Um outro visual degradante, são as calçadas de paralelos ou pedrinhas, por toda a cidade, que vão saltando dos pavimentos e que depois ficam encostados às bermas, propícios para correr à pedrada aqueles que não têm respeito por uma terra que também deve ser de primeira em termos de civismo.

Outra “ninharia”, foi o alinhamento de um muro na beira de um caminho que, da Avenida Sá Carneiro, ainda na rotunda do lago, no Alto do Pendão, liga à estrada de Tonda na entrada de Santo Amaro, ladeando a casa que foi do escritório da extinta Fábrica de Serração de Madeiras do Antero “Pato”.

Zona que poderá ser de construção, estranha-se por que não foi o caminho alargado como se impunha, já que, além do mais, foi o caminho ancestral que durante a colonização romana, ligava Tonda à via romana que passava pelo Carvalhal de Tondela, Carivelho e Saldonas.

Placa já existe, falta a rua condigna !

E hoje aponto aqui a existência de mais uma “ninharia”, que é o matagal que invade, livremente, caminhos vicinais e ruas da periferia, como é o caso da nova “Rua Viscondessa de Tondela”, que sai da Rua Frei Bernardo Castelo Branco e termina na Rua Dr. José Maldonado Horta e Vale, em frente à entrada da conhecida Quinta do Braceiro.

A placa da rua, colocada pela Junta de Freguesia anterior, já se encontra instalada há um ano, sensivelmente, mas a rua, essa, não se sabe quando surgirá, pelo que chamo a atenção das entidades competentes e que, com o caso dos candeeiros derrubados, não se perca o visual cuidado que deve imperar numa cidade que ganhou um imenso protagonismo, não só a nível desportivo, mas também a nível social, cultural e económico.

Além de que está a receber, cada vez mais, gentes de outras latitudes, graças ao desenvolvimento sustentado desta região de bem-estar, que atrai pessoas e cria riqueza.

ZÉ BEIRÃO

ÚLTIMA HORA – Ontem (1 de Agosto) já tinha sido instalado novo candeeiro na rotunda do lago a que me referi. De qualquer modo, estranho porque não foi feito o mesmo nos restantes candeeiros apontados.