MARCHAS DE SANTO ANTÓNIO DE TONDELA com muita alegria, cor e movimento

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A Banda da Sociedade Filarmónica Tondelense e sete instituições ligadas ao folclore, ao desporto, ao recreio, à cultura e ao ensino, foram suficientes para a realização de mais uma edição das Marchas Populares de Santo António na cidade de Tondela.  

Na verdade, numa sempre bem conseguida produção do Gabinete de Eventos do Município e da Câmara Municipal de Tondela, mais uma vez, alguns milhares de pessoas de todos os extractos sociais, da cidade e do concelho, assistiram, com o maior interesse, ao desfile dos marchantes este ano presentes na Avenida Ao Tom D´della e no parque das traseiras dos Paços do Concelho, num espaço que se pode considerar o palco privilegiado para assistir à exibição das marchas populares de algumas das freguesias do território de entre o Águeda e o Dão.

Com uma apresentação inolvidável e bem conseguida da actriz Luciana Abreu, os tondelenses viram desfilar as representações que, com muito trabalho e alguns sacrifícios financeiros, quiseram trazer a Tondela, uma mostra do seu querer e da sua arte, dando brilho a um cartaz que, iniciado pela Paróquia da sede do concelho em benefício das obras da Igreja, veio para ficar e honrosamente integra a lista de eventos de uma região sempre em movimento e em festa.

Como sempre, a Filarmónica Tondelense, regida pelo maestro Mário Cruz, esteve à altura do acontecimento, assinando uma brilhante prestação a favor das músicas e das letras de cada uma das representações, com um escol magnífico de executantes muito jovens e aqueles que, há muitos anos, com a maior devoção e carinho, vêm amparando uma instituição centenária que muito orgulha o concelho de Tondela que, no passado, tinha várias bandas de música e que, actualmente, apenas ela existe.  

  • LUCIANA ABREU: UMA AGRADÁVEL
  • SURPRESA !!

Ouvir Luciana Abreu, foi uma agradável surpresa, não só pela sua voz feminina forte e bem timbrada, mas ainda pela sua beleza e simpatia, exibindo um sorriso lindo, que a todos encantou. Além de que, aqui e ali, deixou passar o registo, embora que passageiro, de algumas canções que foram muito apreciadas na novela “Floribela”.

Com a cadência devida a cada uma das representações, foi sempre com imensa graça e carinho, que sequencialmente, dava à entrada e saída da pista dos marchantes, suas danças e cantares, também eles deixando um registo de óptima postura e encanto, com maior graça daqueles que, com apenas meia dúzia de anos, menos ou pouco mais, emprestaram aos grupos, que exibiram belos e ricos trajos.

Durante cerca de duas horas, todas as marchas em presença, foram muito aplaudidas, recebendo, no final das suas actuações, das mãos do presidente da Câmara, José António de Jesus e dos seus vereadores, uma interessante lembrança, uma imagem de Santo António resguardada por uma redoma de vidro.

 

Depois da abertura das marchas pela Filarmónica Tondelense, a primeira representação esteve a cargo do Rancho Infantil “Velhos Costumes de Molelos” que, como todas as outras que se lhe seguiram, cantou, dançou e muito agradou, pela ordem expressa no programa.

No intervalo das apresentações, tempo para uma extraordinária actuação da Banda, com o inesquecível genérico do filme “O Bom, o Mau e o Vilão”.

Cada representação trouxe até à cidade algo dos usos e costumes das suas aldeias, no campo da agricultura e das suas lides campesinas, até não sendo esquecidos os emigrantes, espalhados por várias partes do mundo.

“ENTRE AS SERRAS DO CARAMULO E DA ESTRELA”…

Curiosamente, a última representação esteve a cargo do Grupo de Teatro Amador “Os Cestos” que, com alguma graça, diz situar-se entre as serras do Caramulo, da Estrela e de outras e dos rios bem conhecidos, na Beira Alta, sem dizer o concelho a que pertencem.

A sua representação deste ano, teve a ver com o vinho, com os marchantes do sexo masculino a transportarem, no ombro esquerdo, uns interessantes pipinhos, num trabalho sempre muito bem conseguido pelas gentes da terra da cestaria, onde, há muitos séculos, os luso-romanos edificaram um castro famoso, onde foram encontradas moedas de ouro romanas imperiais e que iriam parar ao Museu Machado de Castro, em Coimbra, fora da região de origem.

De resto, no recinto, funcionou uma grandiosa barraca de vinhos e petiscos da época, como sardinha na brasa, pimentos e batatas à racha, entre outras vitualhas, além dos doces da Dora.

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

Sociedade Filarmónica Tondelense, Associação Cultural Recreativa e Desportiva Rancho Infantil Velhos Costumes de Molelos, Escola Profissional de Tondela, AFERT – Associação Folclórica e Recreativa do Tourigo, Grupo Cultural Recreativo Desportivo Mocidade Vinhalense (Vinhal-Lajeosa do Dão), Rancho Infantil da Freguesia de Castelões, Centro Social Cultural Recreativo e Desportivo do Vale (Barreiro de Besteiros) e Grupo de Teatro Amador “Os Cestos”, de Nandufe.