O Município de Tondela, em comunicado enviado ao “Beirão Online”, dá conta dos actos de puro vandalismo perpetrados na Estação de Arte Rupestre de Molelinhos (Tondela) e no Percurso Pedestre Rota das Caldas de Sangemil
Segundo a autarquia, a Estação de Arte Rupestre de Molelinhos, Imóvel Classificado como de Interesse Público, sofreu, mais uma vez, actos de vandalismo, que causaram danos irreparáveis nos painéis gravados, cujo repertório figurativo se situa entre a Idade do Bronze Final e o início da II Idade do Ferro.
Sobre os painéis, foram feitos riscos e o que aparenta serem desenhos e assinaturas de jovens.
Também no Percurso Pedestre “PR7 – Rota das Caldas de Sangemil – Ferreirós do Dão” foram deliberadamente danificadas várias balizas (placas com informação direccional), na variante 1 e 2.
- UM CRIME PÚBLICO
Visto tratar-se de um património único e que deve ser preservado, o Município de Tondela apela à sensibilidade de todos, de forma a que impeçam este tipo de atentado, que se reveste de crime público.
O Município apela, também, ao bom senso para a protecção das respectivas infraestruturas/equipamentos criados, agradecendo a denúncia deste tipo acções, caso tenham conhecimento, para o email: patrimonio.cultural@cm-tondela.pt.
FALTA POLÍCIA EM TONDELA
NOTA DO DIRECTOR – Certamente que este tipo de crime é cometido por jovens que não sabem o que é viver numa sociedade livre e democrática, em que os direitos de uns, terminam quando começam os direitos dos outros e um património cultural, é de todos aqueles que têm esse bem patrimonial no seu território.
São jovens falhados, sem ideais, sem lei e sem ordem que, talvez pelos efeitos etílicos, são capazes das maiores “façanhas”, naturalmente, façanhas gratuitas, como estas. Riscalhada no xisto, é malfeitoria irreparável, que não se pode corrigir.
Talvez sejam daqueles que andam na estroinice até altas horas da noite, em alta vozearia, sem respeito de quem necessita de descansar, daqueles que dobram e partem sinais de trânsito, estragam caixotes do lixo, danificam placas toponímicas e ainda daqueles que se armam em “fângios”, em carros barulhentos, a altas velocidades que, aqui e ali, dão cabo dos postes de iluminação, ou em motos potentes, sem que alguém, da polícia, os mande parar ou medir os decibéis.
Falta polícia na cidade de Tondela e falta mais policiamento em relação à defesa do património que é de todos. A polícia, agora GNR, não pode, apenas, aplicar multas por mau estacionamento. Tem que vigiar, melhor, outras situações.
Quem “ajudou” a tirar a PSP de Tondela, não merece o seu nome nas ruas da cidade.