CÂMARA DE TONDELA DEFENDE ACORDO PARLAMENTAR E DEFINIÇÃO DE CRONOGRAMA TEMPORAL PARA OBRAS NO IP3

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O IP3 Viseu-Coimbra sofreu, ao longo dos seus cerca de 30 anos de existência, uma significativa degradação física e das condições de segurança, uma vez que que se trata de um troço com um tráfego diário de quase duas dezenas de milhar de veículos.

A necessidade de intervenção nesta via vem sendo solicitada por autarcas, instituições regionais e reconhecida pelas várias forças políticas, ao considerarem que se trata de uma obra prioritária em termos de infraestruturas da rede viária.

Em 2004 foi apresentado o estudo para a nova autoestrada, portajada, que deveria arrancar em 2006 e que previa uma estrada praticamente toda construída de raiz.

Neste caso tinha sido definido um corredor entre Fail e S. Miguel do Outeiro, nó de Tondela (Molelos), Barreiro de Besteiros/Tourigo (nó de Treixedo), Mortágua – Souselas.

Na altura em que José Sócrates foi primeiro-ministro, num período entre 2006 e 2009, chegou a ser feito o lançamento da obra, em Mortágua, tendo sido incluídas várias obras acessórias neste projecto (IC12, IC6, IC2, com demais variantes e acessos).

Esta obra obrigava a um investimento de 1,2 mil milhões de euros, não tendo obtido visto, face à insustentabilidade financeira desta parceria público privada.

De 2011 a 2015, como bem se recordam tivemos a Troika em Portugal, e só depois da saída deste período, foi desenhada uma solução, de cariz privado e a desenvolver em várias fases.

Já em 2016, o Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) reuniu em Castelo Branco, tendo sido anunciado pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, a intenção de novos estudos.

Nesta ocasião, os autarcas defenderam a requalificação integral do IP3, sem prejuízo de poder haver uma autoestrada portajada, numa outra fase.

Nos últimos dias, vimos com satisfação o anúncio do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que corporizou a defesa que vem sendo assumida pelo nosso concelho, levadas a cabo obras no IP3, garantindo a existência de duas vias em cada sentido, com o devido separador central e demais condições que promovam a segurança de todos os que diariamente ali circulam.

Agora, reconhecendo a importância desta decisão, importa que seja clarificado o cronograma temporal para estas obras e qual o seu faseamento.

Impõe-se também que esta decisão seja suportada por um acordo parlamentar, para que não seja, de novo, questionada a estratégia por novos governos.

A par disto, destacamos também a necessidade da assunção da conclusão do IC12, como elemento estrutural do fecho da malha de ligação da A25 e IP3.

Desejamos o desenvolvimento aprofundado de todas as hipóteses/soluções, que permitam que o nó de Penacova/limite de Mortágua (nó da Lagoa Azul) garanta as duas faixas em cada sentido, com separador central.

No limite, com a construção de um troço alternativo em perfil de autoestrada.

Compreendemos que tal possa ser desenvolvido numa fase subsequente à intervenção no IP3.

Por fim, registamos o empenho de todos os que contribuíram para esta decisão, desde autarcas a movimentos cívicos, à CCDR-C e a todos os que no Governo e na oposição convergiram para esta solução.