
AMARELO E VERDE… MAS QUE LINDAS CORES !!
Nestes tempos de veraneio, ainda com um “cheirinho” a Primavera, é sempre um encanto, por toda a Serra do Caramulo, o panorama, belíssimo, que se viu, profusamente, nestes últimos dois meses, por toda a nossa montanha mágica – o verde e o amarelo – fruto do desabrochar das giestas, milhões de giestas que, a juntar ao mesmo amarelo e verde dos laranjais, são imagens de marca do concelho de Tondela que, por felicidade, adoptou essas cores lindíssimas, no seu brasão de armas.
Cores que, igualmente, foram aproveitadas pelo glorioso Clube Desportivo de Tondela que, em 6 de Junho de 1933, nasceu da fusão de outros dois emblemas da antiga vila, o “Tondela Futebol Clube” (1925) e o “Operário Atlético Clube” (1931), com cores diversas, nomeadamente, o preto e o vermelho. Um clube que completaria nada menos de 100 anos (ininterruptos), se tivesse sido mantida a data da fundação do 1.º clube que lhe deu o ser, em 1925.
Enquanto os loendros do Cambarinho, em Vouzela, se situam num espaço específico, já as giestas navegam em profusão por toda a serra, que fazem dela território de deleite e de bem-estar e que pede meças a outras regiões de Portugal, muito longe dos cambiantes encontrados nesta serra, que é a mais linda e que, só por si, representa um dos mais sugestivos cartazes de natureza fresca e viva deste rincão no centro do país plantado.
Uma outra curiosidade da Serra do Caramulo, são as dezenas de penedos, que o tempo moldou, que mostram figuras zoomórficas e antropomórficas, com mais profusão entre as Laceiras e Malhapão de Cima que, com outras de tantos locais, ajudaram a compor dois livros do autor, “A Aarte do Tempo” (2009) e “Caramulo, a magia da serra e das gentes” (2016).
Por outro lado, com as temperaturas que vão subindo, cada vez mais, olho, sempre que subo e desço a nossa serra, para um outro verde – e aqui já sem o amarelo – constituído pelos imensos eucaliptais que proliferam por toda a zona serrana, não só do concelho de Tondela, mas também dos vizinhos de Mortágua, Águeda, Oliveira de Frades e Vouzela e ainda uma pontinha de Anadia.
Como cada concelho tem de velar por si, espanta o facto de os eucaliptais que afagam, perigosamente, todas as estradas da serra, não terem, ainda, sido limpos como manda a lei, que, junto a essas vias, contempla a limpeza de 10 metros para cada lado, continuando toda a gente a “dormir”, sem se preocupar com o maior inimigo da floresta – o fogo que tudo consome, que destrói património e pode tirar vidas humanas, incluindo as dos nossos Soldados da Paz, aqueles homens sempre prontos, que sacrificam as suas vidas em prol da humanidade e que ainda não foram reconhecidos em Tondela, não obstante terem completado 100 anos de existência em 16 de Setembro de 2023.
O monumento, a eles devido, não apareceu, pelo que se saldou numa autêntica desilusão e que, no fundo, representou uma tremenda ingratidão.
Nem junto às vilas e às aldeias os matagais que proliferam à beira das estradas, não são limpos como deviam, atempadamente e não esperar até ao último dia do prazo para limpeza das testadas que confinam com essas vias, sendo até anunciadas coimas, mas que, na prática, ninguém liga, até que o fogo surja de um momento para o outro.
Até na cidade, esses eucaliptais ameaçam…
Depois, são as lamúrias do costume, exigem-se subsídios, porque se perdeu toda a mata quando, na verdade, isso poderia ser evitado se tudo fosse limpo a tempo e horas.
Se o eucalipto é uma árvore rentável, está provado, pelos inúmeros cortes que se fazem todos anos, por diversas vezes, então porque não disponibilizar alguns euros para a sua limpeza?
Por outro lado, a serra é uma bênção para toda a gente que queira trabalhar, criar riqueza, através da pecuária, na criação de gado vacum, caprino e ovino e ainda, também, na produção do mel, tão saboroso, que é um autêntico “ouro da montanha”, como um ou outro apicultor o titula.
Se querem fixar jovens no concelho de Tondela, ajudem-nos a criar ferramentas capazes de lhes fornecer a sua sustentabilidade, como apoios à aquisição de terrenos e máquinas e libertos de impostos. Estamos a assistir à desertificação das nossas aldeias, por falta de apoios dos nossos governantes e autarcas. Disponibilizam-se subsídios a tanta gente que se acantona em Portugal, que nada faz quando, na verdade, não se apoiam, do mesmo modo, os portugueses que querem trabalhar e criar riqueza e não mandriões viciosos e maus, que são bem dispensáveis.

Ainda na Serra do Caramulo, causa espanto o facto de vários fontenários públicos terem sido colocados em diversas povoações de Mosteirinho, mas que, “teimosamente”, de água, nem gota. E os anos de secura, vão passando.
Inclusivamente, segundo populares, andaram a reparar a fonte velha de Malhapão de Baixo, mas o serviço não foi feito convenientemente e a água anda perdida.
De resto, a serra é uma maravilha, um mundo destinado à diversão, ao cicloturismo e às corridas de bicicletas, como aconteceu um dia destes, com passagem por várias localidades do concelho de Tondela, transmitindo grande colorido e movimento à nossa montanha mágica.
NOTA: Se querem ler notícias verdadeiras, leiam este jornal online “BEIRÃO ONLINE”. Nas redes sociais, salvo poucas e honrosas excepções, só se lêem mentiras.