Em defesa da Paz e da Democracia, contra os Senhores da Guerra!

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Serão, certamente, muitos os que participarão, amanhã, na grande manifestação unitária da Avenida da Liberdade, promovida por sindicatos, partidos e outras organizações sociais contra a Nato e pela Paz. E toda a propaganda que pretende colar a manifestação contra a Guerra e pela Paz a comportamentos antidemocráticos, não conseguirá impedir que muitos milhares de homens e mulheres afirmem a sua recusa de uma lógica belicista que provocou catástrofes humanitárias como a que se viveu na ex-Jugoslávia,  a que se vive no Afeganistão, no Iraque ou na Faixa de Gaza e  que tornam visível a verdadeira face da guerra.

Quem beneficia com a multiplicação de intervenções militares em todo o mundo, não são os povos, mas os grandes interesses económicos e financeiros ligados à exploração de recursos como o petróleo e à indústria de armamento.

São estes interesses, que a nível mundial e nacional não conhecem outra lógica que não seja a do lucro mesmo que este seja obtido à custa de vidas ceifadas, que determinam a actuação da NATO.

E há sempre alegadas ameaças para justificar que as pessoas que no seu dia a dia vivem grandes dificuldades tenham que pagar os custos de uma guerra infinita que não entendem.

Aquando da constituição da NATO, após a segunda guerra mundial, era a ameaça comunista. Esgotado esse argumento surge o da ameaça terrorista, mas a verdade  é que o Império da Guerra  precisa de um  braço militar, uma máquina de força bruta com uma enorme capacidade aniquiladora e  essa máquina é a NATO.

A invasão do Afeganistão numa suposta caça aos terroristas acabou por se transformar numa pedra no sapato dos EUA e da própria NATO.  Tal como aconteceu na guerra do Iraque,   os governos dos países participantes viram as suas opiniões públicas questionarem esta invasão.  Sobretudo na Europa,  revela-se difícil, para as populações, compreender por que razão os seus países,  os seus recursos e os seus exércitos estão envolvidos em guerras longínquas,  justificadas por razões de segurança que não entendem.

Cá, como nos restantes países europeus, cresce a contestação às guerras do império e aumenta o número de pessoas que colocam em causa o facto de haver sempre recursos para os senhores da guerra. Não há crise que os afecte! Pedem-se sacrifícios ao povo português, em nome do interesse nacional, mas soltam-se os cordões da bolsa para servir os desígnios belicistas.

E é contra esta lógica insana que muitos portugueses e portuguesas exercerão um direito democrático na manifestações agendada para amanhã, contra a NATO e pela Paz.