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NATO contra a NATO ?

Nestes últimos anos, o mundo livre tem sido sacudido pelos acontecimentos mais dramáticos e atrozes, não só com a invasão da Ucrânia pela Rússia – fará três anos em 24 de Fevereiro próximo – mas também pela guerra que atingiu o Médio Oriente, fruto de um ataque tresloucado e cobarde a Israel, que rapidamente retaliou, mas com custos tremendos para o povo anónimo da Faixa de Gaza, pois no aniquilamento de grupos terroristas, atingiu, sem apelo nem agravo, as populações civis, perecendo, aos milhares, homens, mulheres e crianças indefesas.

Guerra, que destruiu, mesmo, os complexos hospitalares, já que, sob os mesmos, nos “famosos” túneis, se aboletavam os terroristas que provocaram a ira dos israelitas, pensando eles que as bombas não iriam atingir essas instalações destinadas a salvar vidas humanas.

O mundo continuou a reclamar, mas sem sucesso, da destruição de cidades inteiras e do ceifar de milhares de vidas humanas, onde também não são poupadas as crianças que seriam os homens do amanhã daquele martirizado povo, ás mãos de um monstro, que não se coíbe de matar gente a bel-prazer, para poder conquistar mais uns quantos palmos de terra, para dilatar o já de si tão grande território da Rússia, no pressuposto de que há nazis na Ucrânia, de que o ocidente é decadente e do medo que o Putin denota, na perspectiva de um dia ter a NATO, à sua porta, afinal uma organização destinada a defender os países membros e não para declarar guerra seja a que país for.

O ditador, que não admite oposição ao seu “quero, posso e mando”, manda matar todos aqueles que, algum dia, tiveram a veleidade de querer mudar alguma coisa no regime soviético. São presos e enviados para a Sibéria, são envenenados, ou assassinados pelo comprido braço do Kremlin, em qualquer parte do globo para onde se refugiem aqueles que querem a democracia verdadeira, aquela que aceita a divergência de opiniões e eleições totalmente livres, porque as que tem havido, são uma autêntica farsa, nunca podendo ser visionadas por uma instituição independente.

Num mundo que deveria unir-se e lutar contra as tenebrosas alterações climáticas, levantam-se vozes que mais não visam do que levar ao maior enriquecimento dos senhores que, pelo voto, se instalam, agora, nos areópagos do Poder dos Estados Unidos da América, prometendo complicar a vida aos imigrantes, com deportações em massa e às empresas europeias que fornecem bens de consumo aos americanos.

Membro da NATO, ensaia Trump, um despudorado assédio a países da mesma organização política, mostrando vontade de ter o Canadá como se fosse mais um Estado americano e se apossar de territórios que pertencem a outros países, como é o caso da Gronelândia. E, depois, quer ainda controlar o canal do Panamá como coutada sua e até mudar o nome ao Golfo do México.

Ora, tudo isto “ajuda” e de que maneira, a continuação da Rússia no massacre do povo da Ucrânia, que se vai vangloriando com a conquista de simples aldeias como se partes do exército ucraniano se tratassem.

Se a Casa Branca, através do seu senado, não conseguir opor-se aos desígnios tenebrosos do amigo dos maiores fascistas do mundo, por sinal todos comunistas, com os quais se identifica, estaremos em presença de mais um louco que conseguiu regressar ao Poder em terras do Tio Sam e, a partir daí, juntar-se aos tiranos e opressores da humanidade, em nome de interesses dos maiores grupos económicos do mundo, que se julgam no direito de desestabilizar a Lei, a Ordem e a Democracia em grande parte do globo, que desejam ver repartido por cada uma das potências mundiais, onde querem impor deveres apenas e não os direitos humanos.

Será que vamos ter uma NATO contra países da NATO, alinhada ao lado dos maus, em vez de defender os bons, os que querem o bem do seu povo e viver em paz?

O mundo está a tornar-se, tristemente, num lugar extremamente perigoso…

ZÉ BEIRÃO*

  • (Jornalista CP 1050)