Há situações vividas que, por mais que o tempo passe, as memórias não se apagam
Fez ontem (4.ª feira), dia 13 de Janeiro, 3 anos do trágico incêndio na Associação Recreativa Cultural e Humanitária de Vila Nova da Rainha, em Tondela, que provocou onze mortos.
Inicialmente o balanço era de oito mortos e 38 feridos, entre ligeiros e graves, mas o número de mortos aumentou para onze nos dias seguintes.
Uma salamandra terá sido a causadora do fogo que deflagrou na sede da associação local, gerando um ambiente de pânico, numa noite trágica, com a porta da saída, que não abria para fora, a impedir que as pessoas, em pânico, pudessem escapar com vida.
Ali se realizava o maior torneio anual de sueca do concelho, que decorria há já 20 anos na Associação Recreativa de Vila Nova da Rainha, fundada em 1979.
As televisões nacionais lembraram o acontecimento trágico, que enlutou o concelho de Tondela e ceifou vidas de quem haveria, ainda, muito a esperar, cujas famílias continuam à espera de justiça, a quem o seguro se propõe dar umas “migalhas”.
Na reportagem, aparecem o presidente da Junta de Freguesia, o comandante dos Bombeiros de Tondela, o primeiro bombeiro a chegar ao local da tragédia, um dos feridos, que quase ficou sem os dedos das duas mãos e incapacitado de trabalhar, impossibilitado de sustentar a família, entre outros.
Todo o edifício continua como ficou depois da catástrofe, sem requalificação, com os vidros partidos, estando tudo na mesma como ficou.
Há a notícia de que, finalmente, vai ser construída uma nova sede noutro local, mas que, para além da Associação atingida, dará guarida a outra colectividade, certamente, com espaços definidos.
Contudo, nada será como dantes, na questão da segurança de pessoas e bens, acessos e saídas, já que, em situações de pânico, as portas terão de abrir para fora e não para cima de uma rua.
Já agora, deixar o nosso contributo para que a memória não se apague, trazendo à luz do dia, os nomes das vítimas que pereceram naquela noite fatídica de 13 de Janeiro de 2018, no local ou na fachada da nova sede daquela associação de Vila Nova da Rainha.
O Director do jornal diário “Beirão Online”, curva-se em memória dessas vítimas que, naturalmente, tanta falta fizeram às suas famílias, pedindo o maior apoio para aqueles que, feridos e sem poderem trabalhar, ficaram quase sem meios de subsistência, como foi o caso do Zé Luís Lopes, antigo massagista do Clube Desportivo de Tondela.