
O Clube Desportivo de Tondela está, desde 2015, de tão antigas e nobres tradicionais no futebol distrital, regional e português, a disputar o campeonato maior da modalidade no país, ou seja a I Liga.
Nestes seis anos, já, de permanência, que poderão ser sete se, até ao final da presente temporada, conseguir aguentar-se, o clube, agora nas mãos de uma SAD (leia-se Sociedade Anónima Desportiva), tem-se mostrado que ainda não atingiu a verdadeira maturidade, isto é, impor-se na prova com “armas” mais eficazes. Seja através de atletas feitos nas suas escolas de formação, seja, ainda, através da contratação de bons profissionais, “rodados” noutros emblemas, nacionais ou estrangeiros.
A SAD, dirigida por espanhóis, tem-se mostrado, de certa maneira, uma estrutura de fracos recursos financeiros e, daí, o handicap de estar sempre limitada na questão das contratações que requerem maiores custos.
Por outro lado, assim que alguns atletas se fazem notados no plantel, se se mostram aptos para voos mais altos, são logo vendidos e a equipa fica cada vez mais desfalcada, enquanto que os atletas que vêm para Tondela, nem sempre correspondem às expectativas dos dirigentes nem dos tondelenses, pois não são tão bons como aqueles que vão saindo a meio da época.
E os resultados são aqueles que todos conhecemos. São mais as derrotas, do que as vitórias e os empates, o que daí advém é sempre uma classificação medíocre na pauta classificativa. É o que está a acontecer nesta época de 2021/22, em que, em 22 jornadas, conta, apenas, com 20 pontos. É que a média já nem é um ponto por jornada e, assim sendo, ou continuando a ser, nem aos 34 pontos pode chegar na última jornada.
Faltam 12 jornadas para o final e, se as coisas não mudam, isto é, melhor desempenho da equipa, tudo pode piorar para o lado do Tondela, o único resistente no interior do país, uma vez que todos os outros da I liga, se situam mais na borda de água, no litoral, ou em volta das grandes cidades de Lisboa e Porto.
Com o Tondela a perder pontos em jogos que pareciam controlados, os que lhe seguem atrás vão somando aqueles que, paulatinamente, os vão tirando dos lugares de descida, enquanto que a equipa beirã, se vai deixando “deslizar” para o fundo da tabela.
Alerta, pois. Este Domingo, está aí o Sporting de Braga. Tirando raras excepções, a equipa que ganha é aquela que corre mais e, muitas vezes, quando vai em busca do prejuízo, depois de se ver a perder, como foi aquela do Boavista que, a perder por 0-2, frente ao Benfica, conseguiu empatar a partida e, com isso, amealhar mais um ponto na fuga da despromoção.
Contas feitas, o Tondela, em toda a primeira volta em casa, apenas conseguiu quatro vitórias o que, convenhamos, é muito pouco.
Há jogos que se perderam nos minutos finais, inexplicavelmente. E o treinador não se demite, com tantas derrotas, em contraste com o tempo em que os treinadores eram portugueses que, à 2.ª ou 3.ª derrota, eram logo despedidos.
Assim, não dá para entender…