ZÉ BEIRÃO

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ZÉ BEIRÃO NA IMPRENSA E NA RÁDIO

Comenta-se por aí e é uma pura verdade, que o concelho de Tondela é uma região de belezas naturais incomensuráveis, que se situa entre os rios Dão e Águeda, tendo na majestosa Serra do Caramulo, a sua feição mais expressiva.

Na verdade, a região de Tondela, para além de uma força da Natureza, é, sobretudo, uma força de trabalho e de criação de riqueza, que muito tem contribuído para a fixação de pessoas e, de certa forma, travar, de alguma maneira, a desertificação humana que já atinge muitas regiões do país.

O desenvolvimento económico, é uma peça importante para o progresso social e, com ele, um turismo sustentado, por aquilo que a região tem para oferecer. Mau grado a carência, ainda, de camas no sector hoteleiro. Com o tempo, é bem possível que tenhamos essas ofertas tanto em quantidade como em qualidade.

De uma maneira geral, pode dizer-se que todo o concelho de Tondela é uma zona turística por excelência, com polos em Ferreirós e na Lajeosa do Dão, onde não faltam termas, voltadas para a saúde e o bem-estar e belíssimas praias fluviais, como acontece, nas Caldas de Sangemil e ainda em Nandufe, em Dardavaz e em S. João do Monte, para só citar as mais conhecidas e frequentadas.

O centro do concelho e a cidade, não fica para trás, através dos seus monumentos, das suas igrejas, do seu parque urbano, das suas unidades hoteleiras e do seu interessantíssimo Museu, o Museu Terras de Besteiros, que, além de mostrar o que a região tem de melhor, leva o turista, interessado pela cultura e pelas origens de todo um povo, a visitar, in loco, verdadeiras jóias do nosso património arqueológico.

Neste caso, está o Dólmen da Arquinha da Moura, na Lajeosa do Dão, dos mais visitados do mundo, que nos leva às origens do homem primitivo, com mais de 6.000 anos de existência e, também, a Estação de Arte Rupestre, em Molelinhos, com mais de 3.000 anos.

Junto às faldas da serra, tempos a Capela setecentista da Senhora do Campo, o belíssimo santuário do Coração de Maria em Castelões e ainda a Estela Menir de Caparrosa, monumento fálico com milhares de anos de existência e que funciona como um autêntico marco de demarcação de concelhos, neste caso de Tondela e de Viseu, isto, claro, para além dos vestígios da colonização romana, através de pontes graníticas e das várias estradas lajeadas que cruzam o vale e a serra.

  • CARAMULO: “A JÓIA DA COROA”
Conduzindo o gado aos currais – Jueus

Depois, temos a gastronomia e os vinhos do Dão da melhor qualidade, que são os nossos embaixadores além-fronteiras, de que nos devemos orgulhar.

Contudo, a jóia da coroa do concelho de Tondela, está na Serra do Caramulo onde, para além das aldeias típicas e genuinamente serranas, é de destacar o seu sector hoteleiro, seja na maior, seja na mais pequena unidade, onde há conforto, requinte e lhaneza no trato.

Esta jóia da coroa, assenta, em grande medida, na existência de museus ao nível europeu, como sejam o Museu do Automóvel e da Arte antiga e contemporânea, para além de outras acomodações museológicas, no sector do automóvel, sem esquecer a edificação do futuro Museu da Estância Sanatorial do Caramulo.

Uma aldeia típica na Serra do Caramulo

O Caramulo, será, pois, a “Vila-Museu”, sendo já, sem dúvida, a “Vila-Jardim”, através dos seus parques verdes, de ares puros e de sombras reconfortantes.

Concretamente o Parque Dr. Jerónimo Lacerda, requere um pouco mais de atenção, pois além da água, necessita de iluminação pública e casas de banho acessíveis. E, claro, também as suas aldeias típicas, como Jueus, aguardam por um enquadramento à altura dos tempos que correm, na luz, na água, no saneamento, nas ruas e nas estradas.

A Serra do Caramulo, poderá ser, sem sombra de dúvida, o primeiro polo de atracção turística do Concelho de Tondela. E, aqui chegados, a pergunta: Para quando a reactivação do Posto da GNR da vila do Caramulo, cujo edifício, construído de raiz, é propriedade do Estado?

Além de que a zona serrana do concelho de Tondela, justifica, amplamente, o policiamento a que tem o mais pleno direito.

NOTA: Crónica falada na Emissora das Beiras nos dias 13 e 16 de Agosto (2022)