
“Excelente dia”, disse a presidente do Município Carla Borges
Pelo 3.º ano consecutivo, o Município de Tondela voltou a prestar homenagem aos antigos combatentes, o que fez em conjunto com a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar (ANCU), com a realização de várias actividades, que aconteceram no último sábado, dia 12 de Abril, para assinalar o Dia do Antigo Combatente, contando com a presença de dezenas de ex-militares do concelho e de vários pontos do país.
As comemorações iniciaram-se pelas 10h00, com uma romagem ao Cemitério Municipal, com deposição de flores e discursos por António Ferraz e Carla Borges, seguindo-se, meia hora mais tarde, a deposição de coroas de flores no Monumento aos Combatentes da Grande Guerra e uma missa solene na Igreja Matriz de Tondela, pelas 11 horas, celebrada pelo Reitor da Paróquia, padre Victor Portugal.
Finda a santa missa, decorreu uma romagem ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, novamente com deposição de flores, discursos e entoação do Hino Nacional. Já depois do almoço-convívio em restaurante fora do concelho e no Mercado Velho de Tondela, teve lugar um momento musical pela Filarmónica Tondelense, sob a regência do maestro Mário Cruz e a apresentação do documentário “50 anos de Liberdade”, da autoria de Rodrigo Almeida, um aluno do 12º ano do Agrupamento de Escolas Tomaz Ribeiro, e que dá a voz a várias mulheres, recordando como elas, longe de Lisboa, viveram o antes e o depois do 25 de Abril de 1974.
“UM EXCELENTE DIA”
No encerramento das celebrações, a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, falou num “excelente dia”.
“Saímos todos daqui com o coração cheio, acho que foi um dia magnífico, começando com homenagem a quem já partiu, com a sua valorização e dignificação, um almoço convívio fantástico e da parte da tarde com um concerto excelente da Filarmónica e para fechar, com a cereja no topo do bolo, com este documentário do Rodrigo Almeida. Espero que para o ano nos voltemos a encontrar para as comemorações do Antigo Combatente”, disse.
A autarca recordou que as celebrações foram instituídas há três anos pelo município com o objectivo de “promover a celebração, dignificação e valorização dos antigos combatentes, das suas famílias e aquilo que eles fizeram por nós e pela pátria”.
“Somos os filhos desses antigos combatentes, somos o que somos graças a vocês e às vossas lutas, devemos e temos o dever de enquanto for possível valorizarmos o vosso trabalho, a vossa missão e dentro das nossas disponibilidades retribuirmos aquilo que fizeram por nós”, acrescentou.
Estas celebrações pretendem ainda que “tudo aquilo que aconteceu na ditadura e que levou à Revolução dos Cravos não caía no esquecimento”.
“Queremos lembrar que a liberdade não é uma garantia absoluta, é algo que se conquista todos os dias e que não se pode perder. Por isso, é importante deixarmos este testemunho para os mais novos e esta comemoração também serve para isso”, rematou.