
Via é descrita como a mais perigosa de Portugal e conhecida como ‘estrada da morte’
Quatro associações de Viseu, que representam quase três mil empresas, criaram uma petição em que exigem a requalificação completa e adequada do IP3.
“Além do número assustador de acidentes com mortes, é uma via de constrangimento a nível empresarial, sobretudo para as cidades de Viseu e Coimbra, que precisam de bons acessos e seguros para atraírem investimento“, explicou ao CM Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV), envolvida na criação da petição, tal como a Associação Empresarial da Região de Viseu, a Associação Empresarial de Mangualde e a Associação Empresarial de Lafões.
Segundo a descrição da petição, “a requalificação do IP3, em toda a sua extensão, é muito urgente e deve incluir os elementos indispensáveis à circulação numa via com elevadíssimo tráfego: duas faixas em cada sentido, separador central, piso correto que drene as águas, iluminação e sinalização adequadas“.
Para o líder da ACDV, os responsáveis pelo estado do troço do IP3, entre Viseu e Coimbra, ao longo de cerca de 73 quilómetros, são “os sucessivos governos, que nada fizeram para dar dignidade e condições à fixação de pessoas e da atividade económica“. A petição pode ser subscrita até 10 de março em papel ou online.
A ideia passa por entregá-la na Assembleia da República. Nas últimas intervenções públicas, também o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, que foi secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional no governo de Pedro Passos Coelho, apelou à requalificação do IP3.