ASSASSINOS AO SERVIÇO DA INTOLERÂNCIA

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POSTAIS DE LISBOA

 – O Zé Luzia, meu estimado irmão de muitas lutas em defesa da “IGUALDADE, da LIBERDADE e da FRATERNIDADE”, em Moçambique, e por aí, alertou-me para o que continua a acontecer na Nicarágua.

Ali, em defesa de um regime intolerante, se perdeu a vergonha e se atacam os próprios bispos que, tendo sido, até há pouco, recebidos como dialogantes, passaram a ser considerados «golpistas» ao serviço dos que se opõem a um regime intolerante e persecutório. Amontoam-se os assassinatos, as prisões, as perseguições, incluindo a tentativa, de matar, pelo menos, dois bispos.

Infelizmente, o mundo encheu-se de guerras, de guerrinhas, de revoluções, de movimentos incendiários com raízes culturais, religiosas e/ou políticas intolerantes, incapazes de aceitarem as diferenças, defendendo o isolacionismo, as barreiras ao outro, ao diferente, erigido como inimigo pelo simples «crime» de serem diferentes, seja pela cor da pele, seja pela religião, seja pela maneira de estar na vida.

Não entendem que o mundo mudou. Recorrem a “slogans” do passado, ressuscitam o passo de ganso que invadiu a Europa e esteve a ponto de destruir a civilização da liberdade, da igualdade e da fraternidade, fecham as portas da vida a quem não pertencer ao rebanho fascista.

A realidade esconde-se atrás de cortinas de desinformação, manobras de manipulação da opinião pública, falsos ideais nacionalistas que culpam o outro de todos os males que políticos medíocres vão fabricando um pouco por todo o mundo.

O maior mal que pode acontecer-nos é não entendermos os perigos de se perderem os valores de uma civilização fundada na “liberdade de consciência, de expressão e de movimento que a Europa aprendeu a colocar acima da razão de Estado”.

Para nosso mal, a Europa agoniza, nas mãos de políticos burocratas, descredibilizados, incompetentes e ausentes. Será que Merkel  e Macron chegarão para retomar os caminhos da União e evitar a sua dissolução – a maior tragédia que pode acontecer à nossa civilização?